Face à conjuntura social, económica e política em que vivemos atualmente, a nível mundial, tornou-se urgente começar a preparar e a educar as crianças para enfrentarem novos desafios que lhe possam surgir quando forem adultos. Estudar a Educação Financeira, desde tenra idade, é algo que trará um equilíbrio e uma visão diferenciada para futuros adultos conscientes e bem-sucedidos, que terão de ser mais responsáveis, não só individual, como também socialmente.
A melhor forma de saber fazer escolhas e valorizar o dinheiro como meio para alcançar os objetivos que pretendermos é, não só aprender a poupar, como também a gastar de forma consciente e segura. A poupança dever ser encarada como um princípio e não como um recurso.
Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo (1986), no seu artigo 7º, é mencionado que a Escola deve administrar um ensino ligado à realidade dos seus alunos e, como o dinheiro faz e fará parte das suas vidas, é necessário ensinar a lidar adequadamente com ele, tornando-se consumidores conscientes responsáveis por contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade.

A Escola tem um papel fundamental na preparação de cada indivíduo como cidadão, ensinando-o a fazer boas escolhas e a abrir caminho para o sucesso e a felicidade, na medida em que os prepara e lhes dá a conhecer o que os espera num futuro relativamente próximo. Através da Educação Financeira, as crianças desenvolvem um conjunto de razões e de relações fundamentais para uma vida equilibrada: saber consumir, poupar, investir e administrar o dinheiro, que lhe possibilitarão desenvolver uma linguagem confiante e conduzir a sua vida financeira de forma saudável.
A consciência financeira permite que cada um saiba que não basta ter um bom emprego com um ordenado alto, uma vez que os ganhos e os gastos devem estar sempre equilibrados, caso contrário, resulta no insucesso financeiro e em infelicidade pessoal. Se as crianças, desde cedo, aprenderem a controlar as suas finanças, tornar-se-ão adultos empreendedores, com possibilidades de realizarem bons investimentos.

A Educação Financeira irá contribuir para uma nova geração de pessoas com sucesso, com uma base forte e com sede de empreender e transformar as situações em seu redor.
Através da Educação Financeira, como oferta complementar (incluída no plano curricular) nos terceiro e quarto anos do 1º Ciclo, na ABEI reforçamos os conhecimentos dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos financeiros adequados. O nosso objetivo é que ganhem a confiança necessária à tomada de decisões financeiras relacionadas com a gestão pessoal do dinheiro, desenvolvam capacidades de criar riqueza, orientar ativos e ajustar-se financeiramente a situações contrárias e imprevistas. 
Regendo-nos pela Organização Curricular e Programa do Ensino Básico – 1º Ciclo (2004), um dos nossos objetivos gerais é “desenvolver valores, atitudes e práticas que contribuam para a formação de cidadãos conscientes e participativos numa sociedade democrática”, nos nossos alunos. Pretendemos que aumentem a sua literacia financeira, de forma a, quando chegar altura, saibam abrir uma conta, comprar casa, analisar propostas de um banco ou outra entidade financeira...

Patrícia Pereira

Direção Colegial do Estabelecimento da Quinta dos Bacelos

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